31 de jul. de 2010

"Quem já foi mordido por cobra tem medo de minhoca." Maysa

19 de jul. de 2010



"Um dia, pai, poderei explicar para meus filhos, porque terei entendido qual é o segredo para sobreviver ao abandono. E que, por mais incrível que pareça, todos têm o direito de partir". ( Fernanda Young)
"Junto com as outras energias infames, as das pessoas que amaram perdidamente, que pararam de comer, de tomar banho, de falar, e que, como eu, em dado momento, entregaram para o universo o que não cabia mais na gente. Toda essa multidão de pessoas sou eu."
( Fernanda Young)

17 de jul. de 2010

"Por mim, e por vós, e por mais aquilo

que está onde as outras coisas nunca estão

deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:

quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.

E como o conheces ? - me perguntarão. -

Por não Ter palavras, por não ter imagem.

Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras ?

Tudo.

Que desejas ?

Nada.

Viajo sozinha com o meu coração.

Não ando perdida, mas desencontrada.

Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.

Voou meu amor, minha imaginação ...

Talvez eu morra antes do horizonte.

Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.

(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão !

Estandarte triste de uma estranha guerra ... )

Quero solidão." ( Cecília Meireles)



16 de jul. de 2010

" Ninguém é capaz de viver sem matar, fato. Displicentemente, carregamos nosso próprio cemitério interno. Como é possível suportar dizer "adeus" para alguém que você nunca pensou em ficar sem? Não sei. Mas sei que não dá pra ficar nesse eterno movimento de velórios. Se não há como aprendera morrer, que surja mais sabedoria para matar. Porque a vida pede passagem."

15 de jul. de 2010

"Te amei como nunca amei nessa vida, e do final desse amor restou uma mulher tão fria que nem por ti mesmo conseguiria sentir o amor que senti um dia ." (Martha Medeiros)
"O  livro não é um produto descartável: usou
joga fora. Nunca fiz isso nem com o
namorado, imagine com um livro que é muito mais útil.

Tem gente que diz que uma casa sem cortina é uma casa nua.
Eu penso o mesmo de uma casa sem livros.
É como se fosse habitada por pessoas sem imaginação,
que não tem histórias pra contar. " ( Martha Medeiros )
"Já tive torres internas que foram ao chão.

Torres altas demais para mim, torres que nem chegaram a ficar concluídas

(as de dentro nunca se concluem),

torres que me exigiram esforço e que me deram prazer,

até que alguém, com uma frase,

ou com um gesto, as fez virem abaixo.

Tinha gente dentro, tinha eu." (Martha Medeiros)

12 de jul. de 2010


"Eu vou ferir mais uma vez o meu orgulho e rezar pra que você faça o mesmo, porque eu estou me lixando pro meu ego.
Orgulho nenhum dá beijo na boca, faz amor ou te cobre no frio.
Eu não quero mais essa sensatez que me obriga a te cumprimentar com um bom dia quando eu estou morrendo de vontade de sentir a tua barba mal feita roçando no meu rosto em cima de uma cama qualquer.
Eu não quero procurar novas opções, quando eu fechei a porta pra você eu abri todas as janelas, mas nenhum sol brilhou tanto quanto o seu olhar pousando no meu corpo e eu entendi que não importa quantas opções eu tenha ou quantas janelas eu abra, por nenhuma delas vai aparecer o teu cheiro, a tua voz, o teu toque."
(Amanda Telles)

10 de jul. de 2010


"É pensando nos homens, que eu perdôo aos tigres as garras que dilaceram." (Florbela Espanca)
"... Minha fortaleza é de um silêncio infame
Bastando a si mesma, retendo o derrame
A minha represa. " (Chico Buarque)

8 de jul. de 2010


" De todas as maneiras

Que há de amar

Nós já nos amamos

Com todas as palavras feitas pra sangrar

Já nos cortamos

Agora já passa da hora

Tá lindo lá fora

Larga aminha mão

Solta as unhas do meu coração

Que ele está apressado

E desanda a bater desvairado

Quando entra o verão


De todas as maneiras que há de amar

Já nos machucamos

Com todas as palavras feitas pra humilhar

Nos afagamos

Agora já passa da hora

Tá lindo lá fora

Larga a minha mão

Solta as unhas do meu coração

Que ele está apressado

E desanda a bater desvairado

Quando entra o verão" (Chico Buarque)