2 de fev. de 2011

'...E Clarisse está trancada no banheiro



E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete


Deitada no canto, seus tornozelos sangram


E a dor é menor do que parece


Quando ela se corta ela se esquece


Que é impossível ter da vida calma e força


Viver em dor, o que ninguém entende


Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.


...
 
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente


Nada existe p'rá mim, não tente


Você não sabe e não entende


E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito


Clarisse sabe que a loucura está presente


E sente a essência estranha do que é a morte


Mas esse vazio ela conhece muito bem


De quando em quando é um novo tratamento


Mas o mundo continua sempre o mesmo


...

A falta de esperança e o tormento


De saber que nada é justo e pouco é certo


De que estamos destruindo o futuro


E que a maldade anda sempre aqui por perto


A violência e a injustiça que existe


Contra todas as meninas e mulheres


Um mundo onde a verdade é o avesso


E a alegria já não tem mais endereço..."
(Renato Russo)

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